O público presente no Campeonato Mundial de Atletismo, em Tóquio, testemunhou um momento de grande emoção quando Armand “Mondo” Duplantis iniciou sua corrida na pista de salto com vara. O apoio da torcida era palpável, e Duplantis, impulsionado pela energia do estádio, executou o salto.
A busca incessante por quebrar recordes mundiais é uma constante no mundo dos esportes. No entanto, a realidade é que superar as marcas estabelecidas se torna cada vez mais árduo. A matemática oferece uma perspectiva interessante sobre essa dificuldade crescente.
Analisando o desempenho atlético ao longo do tempo, é possível observar uma tendência de melhoria constante. Avanços tecnológicos em equipamentos, métodos de treinamento mais sofisticados e um conhecimento científico aprofundado sobre o corpo humano têm contribuído para otimizar o potencial dos atletas.
Contudo, essa progressão enfrenta um limite. A capacidade humana possui restrições biológicas e físicas. A margem para melhorias diminui à medida que os atletas se aproximam desses limites. Em outras palavras, quanto mais perto do ápice do desempenho, mais difícil se torna alcançar ganhos significativos.
A matemática entra em cena para quantificar essa dificuldade. Modelos estatísticos e análises de regressão podem ser utilizados para prever a probabilidade de um recorde ser quebrado em um determinado período. Esses modelos levam em consideração fatores como a taxa de progresso histórica, a variabilidade do desempenho e os limites teóricos do potencial humano.
Os resultados dessas análises apontam para uma desaceleração na quebra de recordes. À medida que os atletas se aproximam dos limites de suas capacidades, a probabilidade de superar as marcas existentes diminui exponencialmente. Cada novo recorde exige um esforço sobre-humano e uma combinação rara de talento, dedicação e condições favoráveis.
Essa perspectiva matemática não diminui o valor dos feitos atléticos. Pelo contrário, ressalta a incrível capacidade dos atletas de desafiar os limites e superar as expectativas. Quebrar um recorde mundial, mesmo que a probabilidade seja cada vez menor, continua sendo um feito extraordinário que inspira e motiva. A paixão pela superação, a busca pela excelência e a emoção de presenciar momentos históricos permanecem como elementos centrais do esporte.
Fonte: redir.folha.com.br



