Um investigador da Polícia Civil de Minas Gerais, Fernando Augusto Diniz, de 37 anos, foi colocado em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica após atirar contra três trabalhadores de uma obra em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. O caso ocorreu na última sexta-feira (17), e o policial foi preso em flagrante.
A decisão foi tomada durante audiência de custódia, onde o juiz Marco Paulo Calazans converteu a prisão em flagrante em domiciliar a pedido da defesa. Os advogados do policial alegaram que ele possui uma doença que necessita de tratamento médico especializado. Segundo a defesa, o policial possui uma “pequena lesão expansiva intramedular, sugerindo glioma bem diferenciado”, e o sistema prisional não ofereceria as condições adequadas para o tratamento, especialmente em situações de urgência.
O incidente ocorreu quando o policial invadiu o canteiro de obras portando um fuzil 556, considerado arma de guerra. Ele ordenou que os três trabalhadores, com idades de 32, 34 e 57 anos, se deitassem no chão e, em seguida, efetuou os disparos. Dois dos trabalhadores foram atingidos pelos tiros e encaminhados ao Hospital Municipal de Contagem. Relataram à polícia que, mesmo feridos, conseguiram fugir e pedir socorro à Polícia Militar. Um terceiro homem foi atingido de raspão na cintura, mas não necessitou de atendimento médico. Uma perícia técnica realizada no local encontrou um cartucho de fuzil calibre 556.
As investigações preliminares apontam para um possível conflito de vizinhança como motivação para o ataque. O pai do policial reside próximo ao canteiro de obras e havia registrado um boletim de ocorrência contra a empreiteira, alegando práticas irregulares, embora a natureza dessas irregularidades não tenha sido especificada.
Fernando Diniz se apresenta nas redes sociais como criador de conteúdo digital, com formação em Direito e especialização em segurança pública pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em seu perfil, que conta com 17 mil seguidores, ele também se identifica como integrante da Patrulha Unificada Metropolitana de Apoio (Puma) da polícia civil mineira e compartilha versículos bíblicos.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br



