O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso preventivamente por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi motivada pela convocação de uma vigília nas proximidades da residência onde Bolsonaro cumpre prisão domiciliar. Segundo o ministro, o evento poderia gerar tumulto e até mesmo facilitar uma possível tentativa de fuga.
De acordo com Moraes, o Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal reportou uma violação no equipamento de monitoramento eletrônico de Bolsonaro. A comunicação indicou uma possível intenção de romper a tornozeleira eletrônica, facilitada pela confusão que a manifestação convocada por seu filho poderia causar.
A decisão judicial também estabelece a realização de uma audiência de custódia por videoconferência neste domingo, na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal. Além disso, foi determinado que o réu tenha acesso a atendimento médico integral.
Todas as visitas ao ex-presidente deverão ser previamente autorizadas pelo STF, com exceção das visitas de seus advogados e da equipe médica responsável por seu tratamento de saúde.
A decisão de Moraes também cita informações sobre a suposta fuga de Alexandre Rodrigues Ramagem, condenado na mesma ação penal, que teria deixado o país para evitar a aplicação da lei penal e estaria em Miami, nos Estados Unidos.
A convocação de uma vigília de orações próxima à casa de Bolsonaro, feita pelo senador Flávio Bolsonaro em suas redes sociais, também foi mencionada na decisão.
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto, após descumprir medidas cautelares previamente determinadas pelo STF. Ele estava obrigado a usar tornozeleira eletrônica e proibido de acessar embaixadas e consulados, manter contato com embaixadores e autoridades estrangeiras, e utilizar redes sociais, direta ou indiretamente, inclusive por meio de terceiros.
O ex-presidente foi condenado a 27 anos e três meses de prisão na ação penal do Núcleo 1 da trama golpista. A execução das penas de Bolsonaro e dos demais réus pode ocorrer nas próximas semanas.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br



