Mc Poze do Rodo compareceu à CPI da Alerj nesta segunda-feira (20), que investiga a conexão entre empresas de segurança veicular e a recuperação de veículos roubados no estado. A convocação do cantor ocorreu após o seu carro ser roubado e recuperado em um período inferior a 24 horas, no dia 18 de setembro.
Em seu depoimento, o artista atribuiu a rápida devolução de sua Land Rover Defender blindada à sua notoriedade. “É óbvio que meu carro apareceu por eu ser o Poze do Rodo. Me considero uma pessoa fenomenal… Tenho 16 milhões de seguidores no Instagram, meus stories atingem cerca de quatro milhões de visualizações diárias. Portanto, é natural que quem me roubou, ao perceber a repercussão, não mantivesse o carro roubado”, declarou ao presidente da CPI, o deputado Alexandre Knoploch (PL).
Poze também ressaltou que o veículo, caracterizado por um interior vermelho e seu nome bordado nos bancos, era facilmente identificável. “Depois que divulguei o roubo, era inevitável que o carro fosse encontrado. E, de fato, ele não foi propriamente ‘encontrado’, mas sim abandonado”, explicou o cantor, acrescentando que seus seguidores chegaram a fornecer informações sobre possíveis localizações do automóvel.
Durante a sessão, Poze confrontou Knoploch, que em setembro o havia rotulado como “marginal” em uma publicação nas redes sociais. “O senhor deixou claro em sua rede social que me considera um marginal. Sendo assim, não vejo razão para dialogar com alguém que me julga por algo que não sou”, afirmou o funkeiro. O deputado respondeu que não se retrataria, mas elogiou Poze por sua disposição em depor na CPI.
A comissão, estabelecida em setembro, investiga possíveis ligações entre cooperativas de seguro, empresas privadas de proteção veicular e a recuperação de veículos roubados no estado. No início deste mês, membros da comissão estiveram no Complexo de Gericinó para interrogar acusados de envolvimento em esquemas de roubo e receptação de veículos.
O cantor já havia sido detido em maio deste ano, sob suspeita de apologia ao crime e ligação com o Comando Vermelho. Ele permaneceu preso por seis dias, sendo liberado por decisão do desembargador Peterson Barroso Simão, que questionou a maneira como a prisão foi conduzida. “O paciente teria sido algemado e tratado de forma desproporcional, com ampla exposição midiática”, justificou o magistrado na decisão.
A CPI prossegue com as oitivas de representantes de seguradoras e empresas do setor, enquanto o caso envolvendo Poze continua a gerar debates nas audiências.
Fonte: diariodorio.com



