Em uma manobra que sinaliza suas prioridades políticas, o prefeito Eduardo Paes agendou uma viagem a Roma, na Itália, coincidindo com os três primeiros dias da COP 30, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, sediada em Belém. A decisão estratégica o afasta do debate ambiental, tema considerado delicado em suas negociações para formar uma aliança com a direita fluminense, crucial para sua pré-candidatura ao governo do estado.
A viagem à Itália, com foco em discussões sobre segurança, alinha-se aos interesses dos eleitores bolsonaristas, especialmente após recentes operações policiais de grande repercussão. Para Paes, consolidar essa aliança é fundamental para evitar o surgimento de um adversário forte que possa comprometer sua vitória no primeiro turno. Contudo, seu silêncio em relação à megaoperação que resultou em um elevado número de mortes levanta questionamentos e o coloca em uma posição desconfortável.
Enquanto isso, nos bastidores políticos, Paes parece desfrutar de um ambiente mais harmonioso do que o do governador Cláudio Castro. Diferentemente de Castro, que enfrenta tensões com seu vice e o presidente da Alerj, Paes viajou para a Itália acompanhado de seu vice, Eduardo Cavaliere, e do presidente da Câmara, Carlo Caiado. Durante sua ausência, a prefeitura é liderada por Luiz Antônio Guaraná, presidente do TCM e aliado de longa data.
Outro nome que tem gerado movimentação nos bastidores é o de Felipe Curi, cuja trajetória na Polícia Civil desperta atenção. Com experiência em diversas áreas e governos, Curi é visto como um profissional dedicado e focado no trabalho, o que o torna um potencial candidato a posições de destaque.
Na Câmara de Vereadores, a recente decisão de Paes de impedir construções no entorno do Bangu Shopping gerou reações mistas. A medida atendeu a um pedido do vereador Felipe Pires (PT), líder da bancada do partido e aliado do governo, que apresentou uma emenda para excluir a área do projeto da Mais Valia. A ação foi vista por alguns como um golpe estratégico de Pires, demonstrando sua influência junto ao prefeito e sua capacidade de defender os interesses de seus eleitores em Bangu. Por outro lado, a decisão desagradou vereadores favoráveis ao projeto da Mais Valia e com base eleitoral na região.
Fonte: diariodorio.com



