A oceanógrafa brasileira Tamara Klink alcançou um feito inédito para a América Latina ao concluir, sozinha, a desafiadora Passagem Noroeste. A travessia, com cerca de 6.500 km pelas águas gélidas do Ártico, expõe de maneira dramática o impacto do aquecimento global.
Klink navegou em solitário por um percurso que, até recentemente, era impenetrável devido à espessa camada de gelo. A Passagem Noroeste, historicamente uma rota marítima cobiçada por exploradores, tornou-se acessível em razão do alarmante degelo na região polar.
A expedição da brasileira, além do pioneirismo, serve como um alerta sobre a rápida transformação do Ártico e as consequências para o planeta. O derretimento das calotas polares contribui para o aumento do nível do mar, ameaçando cidades costeiras e ecossistemas em todo o mundo.
A Passagem Noroeste conecta os oceanos Atlântico e Pacífico através do Arquipélago Ártico Canadense. Por séculos, navegadores buscaram uma rota mais curta para o Oriente, mas a presença constante de gelo impedia a passagem. A mudança climática, no entanto, alterou drasticamente esse cenário.
Tamara Klink, com sua experiência e determinação, enfrentou as adversidades do Ártico em uma jornada que durou meses. A travessia não só demonstra sua capacidade como navegadora, mas também oferece uma perspectiva valiosa sobre as mudanças ambientais em curso em uma das regiões mais vulneráveis do planeta. A conclusão bem-sucedida da Passagem Noroeste por Klink ressalta a urgência de ações para mitigar os efeitos do aquecimento global e proteger o futuro do Ártico.
Fonte: redir.folha.com.br



