
O Banco Central (BC) elevou de 68% para 71% a probabilidade de que a inflação de 2025 ultrapasse o teto da meta estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%. A meta central para o ano é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 pontos percentuais. Essa atualização consta no Relatório de Política Monetária divulgado nesta quinta-feira (25).
O BC projeta que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação oficial, encerre 2025 em 4,8%. Se confirmado, isso representaria o descumprimento da meta. Entre os fatores que pressionaram a inflação para cima, o BC destacou o dinamismo no mercado de trabalho e o aumento da projeção de energia elétrica residencial. Para tentar conter a alta, o BC manteve a taxa Selic em 15%, o maior patamar desde 2006.
Para 2026, a previsão é que a inflação fique em 3,6%. O BC também revisou sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2% em 2025, influenciado por fatores como tarifas de importação dos Estados Unidos e sinais de moderação da atividade econômica no terceiro trimestre. Apesar disso, o BC destacou que a forte safra agropecuária e o crescimento da produção de petróleo ajudaram a compensar os impactos negativos.
Essas projeções indicam que o BC mantém uma postura cautelosa diante das pressões inflacionárias e dos desafios econômicos internos e externos. CNN Brasil