Uma extensa operação policial deflagrada no Complexo da Maré, na manhã da última quarta-feira, provocou forte reação da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e da Cidadania da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). A ação, que se estendeu ao longo do dia, resultou em confrontos intensos, suspensão de serviços essenciais e deixou ao menos uma criança ferida.
A presidente da Comissão, deputada Dani Monteiro, manifestou profunda preocupação com os impactos da operação na vida dos moradores. Em declaração oficial, a deputada questionou a estratégia utilizada e enfatizou que os principais afetados são a população trabalhadora, estudantes e, especialmente, as crianças.
“Uma criança baleada dentro da escola, unidades de saúde fechadas, aulas suspensas na UFRJ, helicóptero pousando no Fundão, Fiocruz em alerta e moradores fugindo na contramão: esse não é um cenário aceitável em um estado que busca segurança”, declarou Monteiro. A deputada defendeu a necessidade de o Estado empregar inteligência, estratégia e controle nas operações policiais, com foco na preservação de vidas, especialmente em ações consideradas especiais.
Até o início da tarde, a operação policial já havia provocado o fechamento de quatro unidades de saúde na região, interrompido as aulas em diversas escolas e deixado uma criança de 10 anos ferida em meio ao fogo cruzado. A intensa troca de tiros gerou pânico e insegurança entre os moradores, evidenciando a complexidade da situação e a urgência de se repensar as estratégias de segurança pública. A Comissão dos Direitos Humanos da Alerj segue acompanhando de perto o desenrolar dos acontecimentos e busca alternativas para garantir a segurança e o bem-estar da população da Maré.
Fonte: diariodorio.com



