O seguro, frequentemente visto como um custo desnecessário, deve ser encarado como uma ferramenta vital para a proteção e estabilidade financeira. Essa é a visão de especialistas do setor, que defendem a necessidade de informar a população sobre o verdadeiro papel dos seguros: garantir segurança em situações de risco, e não apenas representar uma despesa.
A discussão ocorreu durante o Congresso Planejar 2025, em São Paulo, no painel “Seguros: Eficiência para o planejamento financeiro”. Participantes debateram a importância da educação financeira para ampliar a compreensão e aceitação dos seguros, especialmente entre investidores e classes menos favorecidas. O diálogo, segundo especialistas, é fundamental para superar resistências em um país com baixo nível de educação financeira.
A resistência cultural e o preconceito, principalmente nas classes C e D, podem ser atenuados com a oferta de soluções simplificadas, educativas e conectadas à realidade do público. É importante apresentar exemplos práticos das coberturas, tornando o seguro tangível através de situações reais, como a proteção para trabalhadores de aplicativos que dependem da renda diária.
Dados recentes indicam que o risco mais comum não é a morte súbita, mas sim doenças graves e incapacidades. Isso reforça a importância de produtos seguradores que vão além da indenização por morte, ampliando a cobertura para proteger a renda e o patrimônio em vida. Uma oferta de seguro eficaz deve considerar o momento de vida e o contexto de cada cliente, diferenciando produtos simplificados para certos perfis e soluções mais complexas para os acumuladores patrimoniais.
A tecnologia, com a inteligência artificial e as plataformas digitais, está transformando o mercado de seguros. A inteligência artificial permite a leitura de laudos médicos em tempo recorde, aumentando a eficiência e precisão do seguro. No entanto, a venda do seguro requer aconselhamento estratégico para manter a confiança e entender o contexto do cliente. A tecnologia agiliza processos, mas não substitui a importância do aconselhamento humano qualificado. O digital encurta caminhos, mas a relação pessoal e a assessoria especializada continuam sendo insubstituíveis.
Fonte: www.infomoney.com.br
