A Polícia Civil do Rio de Janeiro publicou um relatório com os perfis de 115 das 117 vítimas da Operação Contenção, realizada nos complexos do Alemão e da Penha na última terça-feira. O relatório foi elaborado pela Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro.
Segundo comunicado à imprensa, mais de 95% dos identificados tinham ligação comprovada com o Comando Vermelho, sendo que 54% eram de outros estados. Apenas dois laudos periciais foram considerados inconclusivos.
A Polícia Civil informou que 97 dos mortos possuíam históricos criminais relevantes, e 59 tinham mandados de prisão pendentes. O comunicado oficial reconhece que 17 dos mortos não apresentavam histórico criminal, mas as investigações indicam que 12 desses indivíduos tinham indícios de participação no tráfico de drogas em suas redes sociais.
A lista divulgada pela polícia nomina as pessoas mortas como “neutralizados” e especifica que 62 eram provenientes de outros estados, sendo: 19 do Pará, 9 do Amazonas, 12 da Bahia, 4 do Ceará, 2 da Paraíba, 1 do Maranhão, 9 de Goiás, 1 de Mato Grosso, 3 do Espírito Santo, 1 de São Paulo e 1 do Distrito Federal.
O relatório da Polícia Civil aponta a presença, no Rio de Janeiro, de chefes de organizações criminosas de 11 estados da federação, abrangendo quatro das cinco regiões do país. O principal alvo da operação, Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca”, líder do Comando Vermelho (CV), permanece foragido.
Nenhuma das vítimas fatais havia sido denunciada à Justiça pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. A Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro (OAB-RJ) criou um observatório para acompanhar a apuração sobre a legalidade da atuação das polícias Civil e Militar durante a operação.
O Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), cumpre agenda de reuniões com autoridades do Rio de Janeiro, incluindo o governador Cláudio Castro, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, o Procurador-Geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, o Defensor Público Geral do Estado do Rio de Janeiro e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.
Recentemente, o Ministro Alexandre de Moraes determinou a preservação integral das provas relacionadas à Operação Contenção.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br



