
Uma operação conjunta do Gaeco, Polícia Militar e Receita Federal investiga hoje um esquema de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal do PCC em estabelecimentos comerciais de São Paulo.
Segundo as autoridades, o grupo criminoso se infiltrou no mercado formal, utilizando postos de combustíveis, motéis, casas de jogos, restaurantes, padarias, lojas de franquias e empreendimentos imobiliários para movimentar recursos ilícitos.
A Receita Federal identificou 267 postos ativos que movimentaram mais de R$ 4,5 bilhões entre 2020 e 2024, mas recolheram apenas R$ 4,5 milhões em tributos, equivalente a 0,1% do total movimentado. Além disso, o esquema envolvia 98 lojas de uma mesma franquia, registradas em 21 CNPJs ligados a investigados, que movimentaram cerca de R$ 1 bilhão, mas emitiram apenas R$ 550 milhões em notas fiscais e recolheram R$ 25 milhões em impostos.
Os criminosos também adquiriram bens de luxo com recursos do esquema, incluindo um iate, dois helicópteros e um Lamborghini. Motéis e terrenos ligados ao grupo somam mais de R$ 20 milhões, mas os investigadores estimam que esses ativos representam apenas 10% do patrimônio total dos envolvidos.
A operação, chamada Spare, cumpre mandados em endereços ligados a Flávio Silvério Siqueira em cidades como São Paulo, Santo André, Osasco, Barueri, Campinas, Campos do Jordão, Ribeirão Preto e Paulínia. UOL